Prefeitura de Ananindeua promove Congresso Municipal de Direitos Humanos com foco na sustentabilidade, migração e COP30
Evento reuniu especialistas, autoridades e a sociedade civil em dois dias de diálogos sobre justiça social e políticas públicas
Secom
O Teatro Municipal do Parque Vila Maguari, em Ananindeua, foi palco do Congresso Municipal de Direitos Humanos nos dias 21 e 22 de maio. O evento reuniu representantes da sociedade civil, pesquisadores, especialistas e autoridades para discutir temas urgentes como migração, sustentabilidade e os desafios da cidade diante da COP30.
Durante os dois dias de programação, o Congresso ofereceu mesas-redondas, rodas de conversa e oficinas que promoveram a escuta ativa da população. Os participantes debateram como os direitos humanos estão diretamente ligados à crise climática e aos fluxos migratórios, além de refletirem sobre as estratégias para fortalecer a inclusão social e a justiça ambiental no município.
Robson Marques, Diretor de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Políticas para Mulheres (SECDH)Para Robson Marques, diretor de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Políticas para Mulheres (SECDH), o Congresso foi um momento essencial de diálogo. “Nós estamos aqui no Parque Maguari, no Teatro Municipal, no nosso Congresso Municipal de Direitos Humanos. Debatemos aqui, além da questão ambiental que está na pauta do momento, a questão da migração e os impactos ambientais no aspecto dos direitos humanos. É um direito fundamental de toda cidadã e cidadão.” afirmou.
Livia Noranha, Secretaria da SECDH.A secretária municipal de Direitos Humanos, Lívia Noronha, também destacou a importância de tratar temas que muitas vezes não são percebidos como interligados. “Ananindeua é vizinha de Belém, onde acontecerá a COP30, e estamos ligando temas que estão intrinsecamente ligados, como a crise climática e a migração. A crise climática é também uma crise migratória. Entendemos que esse é o momento de Ananindeua protagonizar um debate tão importante e que ainda não vemos com força nesse contexto pré-COP”, afirmou.
Ela ressaltou ainda o perfil dos palestrantes convidados. “Todas as pessoas convidadas são ativistas com anos de atuação na área ambiental, direitos humanos, direito internacional e migração. São pesquisadores, pessoas da OAB, da sociedade civil organizada, que acumulam anos de luta e estudo. O público pode esperar debates preparatórios para a COP30, mas também pode esperar um espaço de troca de conhecimento. Aqui, todas as vozes importam: as pessoas quilombolas, as pessoas da periferia, os pesquisadores. Todas as vivências são importantes.”
Bia Caminha, Palestrante. Entre os palestrantes, a bacharel em Arquitetura e Urbanismo, Bia Caminha defendeu a construção coletiva de políticas públicas municipais com base em instrumentos legais e sustentáveis. “Acredito na construção de espaços coletivos e abordei sobre a importância de instrumentos legais e políticas públicas municipais para construirmos uma agenda de sustentabilidade. Precisamos articular o poder local com o global, pensando a Agenda 2030 da ONU, mas também uma agenda construída por quem vive aqui e pensa em políticas públicas para esse espaço”, disse.