3ª COMUPIR: Um passo importante na busca por uma sociedade sem racismo e mais inclusiva
O evento teve como objetivo discutir e avaliar as políticas públicas de combate ao racismo, a valorização da cultura e o reconhecimento das populações negras
Secom
 Zelia Amador de Deus, co-fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).“O racismo é uma violência estrutural que afeta a vida das pessoas negras em todos os aspectos, desde a saúde, a educação, o trabalho, até a segurança. É preciso fortalecer as organizações e mobilizações sociais para exigir o cumprimento das leis e das políticas de promoção da igualdade racial, como o Estatuto da Igualdade Racial e o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, falou Zelia Amador de Deus, 72 anos, co-fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).
Zelia Amador de Deus, co-fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).“O racismo é uma violência estrutural que afeta a vida das pessoas negras em todos os aspectos, desde a saúde, a educação, o trabalho, até a segurança. É preciso fortalecer as organizações e mobilizações sociais para exigir o cumprimento das leis e das políticas de promoção da igualdade racial, como o Estatuto da Igualdade Racial e o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, falou Zelia Amador de Deus, 72 anos, co-fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).
 Equipe de trabalho da SEGOV.O evento foi realizado no campus da Unama/BR, nos dias 28 e 29 de fevereiro pela Prefeitura de Ananindeua, por meio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), vinculado à Secretaria Municipal de Gestão de Governo (SEGOV). E teve como proposta avaliar os 20 anos de desenvolvimento da política de igualdade racial no município, que começou em 2004 com a primeira conferência.
Equipe de trabalho da SEGOV.O evento foi realizado no campus da Unama/BR, nos dias 28 e 29 de fevereiro pela Prefeitura de Ananindeua, por meio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), vinculado à Secretaria Municipal de Gestão de Governo (SEGOV). E teve como proposta avaliar os 20 anos de desenvolvimento da política de igualdade racial no município, que começou em 2004 com a primeira conferência.
Na ocasião, foram debatidos temas como o combate ao racismo, a implementação do Sistema Nacional de Políticas de Igualdade Racial e a criação de instrumentos para promover a igualdade de oportunidades e direitos para a população negra, indígena, quilombola e outras etnias.
 Coordenadora da COMPIR, Ana Poty Medeiros.A coordenadora do COMPIR, Ana Poty Medeiros, afirmou que a conferência é um momento de celebração, mas também de reflexão e compromisso. Ela enfatizou as necessidades e os esforços de todos os organismos sociais envolvidos.
Coordenadora da COMPIR, Ana Poty Medeiros.A coordenadora do COMPIR, Ana Poty Medeiros, afirmou que a conferência é um momento de celebração, mas também de reflexão e compromisso. Ela enfatizou as necessidades e os esforços de todos os organismos sociais envolvidos.
“A conferência também foi um espaço para identificar os desafios e as demandas que ainda persistem, como a necessidade de ampliar o acesso à educação, à saúde, à cultura, ao trabalho e à renda para a população negra, indígena e quilombola, que ainda sofrem com as desigualdades e discriminações históricas e estruturais. Este evento é fruto do esforço conjunto do Governo Municipal e representantes de diversos segmentos da sociedade civil, que têm trabalhado em parceria para construir uma sociedade mais justa, inclusiva e plural”, explicou Ana Medeiros.
 Solenidade de execução do hino nacional e de Ananindeua. O COMPIR tem fortalecido seu trabalho por meio de algumas políticas públicas de promoção da igualdade racial, que envolvem a participação da sociedade civil e o diálogo com várias comunidades étnico-raciais. Algumas dessas políticas são: a criação da Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, que são órgãos responsáveis por formular, acompanhar e fiscalizar as ações voltadas para a promoção da igualdade racial.
Solenidade de execução do hino nacional e de Ananindeua. O COMPIR tem fortalecido seu trabalho por meio de algumas políticas públicas de promoção da igualdade racial, que envolvem a participação da sociedade civil e o diálogo com várias comunidades étnico-raciais. Algumas dessas políticas são: a criação da Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, que são órgãos responsáveis por formular, acompanhar e fiscalizar as ações voltadas para a promoção da igualdade racial.
Além disso, a implementação de programas e serviços sociais básicos de educação, saúde, recreação, esportes, cultura, lazer, profissionalização e outros que assegurem a plena inserção social e econômica dos etnicamente excluídos com prioridade voltada para os negros, povos tradicionais de matriz africana, povos tradicionais de quilombo e ribeirinhos.
 Zelia Amador de Deus e Vanusa Cardoso, presidente da COMPIR.Presidente do COMPIR, Vanusa Cardoso, destacou a relevância da conferência para a implementação efetiva dessas políticas, especialmente para comunidades como o quilombo do Abacatau, representada por ela.
Zelia Amador de Deus e Vanusa Cardoso, presidente da COMPIR.Presidente do COMPIR, Vanusa Cardoso, destacou a relevância da conferência para a implementação efetiva dessas políticas, especialmente para comunidades como o quilombo do Abacatau, representada por ela.
"Como mulher quilombola, vejo a conferência como um espaço de diálogo e de construção coletiva, que visa garantir a participação e o protagonismo dos grupos historicamente excluídos e discriminados. É de extrema importância discutir políticas públicas que garantam os direitos e a cidadania da população negra, indígena e quilombola, que representa mais de 70% dos habitantes de Ananindeua, segundo o IBGE", disse Vanusa.
 Titular da SEGOV, Marlon Silva.O titular da SEGOV, Marlon Silva, destacou a importância do diálogo com as diferentes lideranças sociais para propor e ajudar a encontrar soluções que atendam as necessidades desses grupos.
Titular da SEGOV, Marlon Silva.O titular da SEGOV, Marlon Silva, destacou a importância do diálogo com as diferentes lideranças sociais para propor e ajudar a encontrar soluções que atendam as necessidades desses grupos.
"Aqui é um espaço para ouvir a população, incluindo diferentes segmentos religiosos, afro-religiosos, quilombolas, indígenas e ribeirinhos, visando formalizar ideias para avançar na promoção da igualdade racial, que desde a colonização sofre com a discriminação e exclusão social. Estamos em busca da reparação dessa desigualdade, para garantir representatividade e amparo legal para os diferentes segmentos da nossa sociedade", falou Marlon.
 Mãe Cris de Logum Edé.Mãe Cris de Logum Edé, praticante afro-religiosa, destacou a importância da Conferência Municipal de Ananindeua por trazer à discussão o tema do racismo, enfatizando a necessidade de quebrar paradigmas e combater o racismo, especialmente em relação à sua religião.
Mãe Cris de Logum Edé.Mãe Cris de Logum Edé, praticante afro-religiosa, destacou a importância da Conferência Municipal de Ananindeua por trazer à discussão o tema do racismo, enfatizando a necessidade de quebrar paradigmas e combater o racismo, especialmente em relação à sua religião.
Ela também ressalta a importância das conferências estaduais e nacionais para discutir propostas valiosas que possam impactar áreas como saúde, educação e segurança pública. Além de propor a criação de uma Secretaria Municipal de Igualdade Racial e Direitos Humanos.
 Josefina Jiménez, imigrante indígena venezuelana da etnia Warao.Do mesmo modo, convidada como delegada do evento, Josefina Jiménez, imigrante indígena da etnia Warao, residente do município, enfatizou que o evento é uma oportunidade para encontrar soluções que combatam a discriminação, melhorem e oportunizem a inclusão social da sua comunidade.
Josefina Jiménez, imigrante indígena venezuelana da etnia Warao.Do mesmo modo, convidada como delegada do evento, Josefina Jiménez, imigrante indígena da etnia Warao, residente do município, enfatizou que o evento é uma oportunidade para encontrar soluções que combatam a discriminação, melhorem e oportunizem a inclusão social da sua comunidade. 
Com esse evento e a participação ativa de representantes de diferentes segmentos da sociedade, a 3ª Conferência Municipal de Igualdade Racial de Ananindeua reforçou o compromisso da cidade na luta contra o racismo e pela promoção da igualdade, consolidando-se como um passo importante na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva para todos os seus cidadãos.




