Programa “Protege Mulher” promove palestra em alusão ao Agosto Lilás

O encontro foi marcado pela escuta, troca de experiências e pela luta contra a violência de gênero

25/08/2025 00h03 - Atualizada hoje 11h10
Secom

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 6 horas uma mulher é morta no Brasil apenas pelo fato de ser mulher. Diante desse cenário alarmante, a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social (SESDS) e da Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU), realizou neste sábado (23), no bairro do Curuçambá, um encontro marcado pela escuta, troca de experiências e, sobretudo, pela luta contra a violência de gênero. A iniciativa integrou a campanha Agosto Lilás, que em todo o país reforça a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher.

Subinspetora, Edilene Vargem, coordenadora do programa Protege Mulher da Polícia Municipal de Ananindeua.A atividade, realizada no Projeto Vozes da Vera, foi conduzida pela subinspetora Edilene Vargem, coordenadora do programa Protege Mulher da Polícia Municipal de Ananindeua, que ressaltou a informação como ferramenta essencial de proteção:

“Muitas vezes, a violência começa de forma silenciosa, com o controle e a intimidação. Nosso papel é orientar as mulheres a reconhecerem os sinais, denunciar e buscar apoio. O Protege Mulher existe justamente para oferecer acolhimento e proteção”, destacou.

Titular da Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU), Andreza Miranda.A secretária da SEMMU, Andreza Miranda, reforçou que o Agosto Lilás é mais que uma campanha de conscientização: é um chamado à ação coletiva.

“A luta contra a violência doméstica não pode se restringir a um mês do ano. Aqui em Ananindeua, trabalhamos diariamente para que nenhuma mulher se sinta sozinha. Estamos ampliando os canais de apoio e fortalecendo a rede de proteção, porque a vida de cada mulher importa”, afirmou.

A secretária da SESDS, Renata Natividade, destacou a importância da integração entre segurança e cidadania no enfrentamento da violência.

“O Protege Mulher é um programa pioneiro que mostra que segurança pública também é proteção social. Nosso compromisso é estar próximo das mulheres, prevenindo e agindo sempre que necessário para garantir dignidade e respeito”, ressaltou.

Marilene Libório, participante da palestra.O encontro também deu voz às mulheres da comunidade, que compartilharam suas experiências e reforçaram a importância de iniciativas como essa. Para Marilene Libório, participante da palestra:

“Ouvir que não estamos sozinhas faz toda diferença. Muitas vezes temos medo de falar, mas encontros como este nos mostram que existe ajuda e que podemos buscar apoio sem vergonha.”

Projeto Vozes da Vera.Saiba mais

A Lei Maria da Penha (11.340/2006) reconhece diferentes formas de violência contra a mulher, que vão muito além da agressão física:

  • Física: agressões que ferem a integridade corporal.
  • Psicológica: ameaças, humilhações, manipulação e controle.
  • Sexual: imposição de relações sem consentimento.
  • Patrimonial: destruição ou retenção de bens, documentos e recursos financeiros.
  • Moral: calúnia, difamação e injúria.

 Como denunciar

A denúncia deve ser feita diante do primeiro sinal de ameaça ou agressão. Os principais canais são:

  • Disque 180 – gratuito, confidencial e disponível 24h por dia, em todo o Brasil;
  • Polícia Militar – 190;
  • Secretaria da Mulher (SEMMU) – BR-316, entre a Rua 2 de Junho e a Rua Dona Águeda, bairro Águas Brancas;
  • Polícia Municipal – Av. Cláudio Sanders com Rua Bom Sossego, bairro Centro;
  • Casa da Mulher Brasileira – Tv. das Mercês, próximo ao Parque Cultural Vila Maguary, bairro Centro;
  • CRAS e CREAS de Ananindeua. 

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